O show é no farol.
No palco: estrangeiros;
no chão: adversidades...
O espetáculo ‘gratuito’
é pago pela cidade...
Para o bolso da elite,
vai tudo o que falta
nos becos dessa cidade...
Na cara das estrelas
vão o riso e a alegria,
material de exportação
da Terra/Felicidade...
Estampado na plateia
estrangeira em sua terra
fica o riso embranquecido,
da dura realidade:
acordar do aniversário
pra encarar as crueldades...
A nossa diversidade
- que a tornou uma metrópole -,
paga a conta com a vida,
com as várias balas “perdidas”,
que sabe onde está o corpo
a transportar para a necrópole.