Valdeck Almeida de Jesus
O poeta da verdade!
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Samuel Pimenta é entrevistado por Valdeck Almeida de Jesus
Samuel Pimenta é natural de Alcanhões, Santarém, Portugal. Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, começou a escrever com 10 anos. Colaborou com jornais regionais e foi cronista na revista online "Clique". É beneficiário da Sociedade Portuguesa de Autores desde 2006. Em 2007, viu-se classificado em 2º lugar no Concurso de Escrita da Biblioteca Municipal Dr. Hermínio Duarte Paciência, em Alpiarça, Portugal. Em 2010, foi um dos contemplados com o VI Prémio Literário Valdeck Almeida de Jesus na vertente de poesia, no Brasil. É autor do romance "O Escolhido", editado pela Planeta Editora, primeiro volume da Trilogia "Heros, O Escolhido", do género Fantástico. Além da escrita, dedica-se, também, ao Reiki.



VALDECK: Quando e onde nasceu?
SAMUEL PIMENTA: Nasci a 26 de Fevereiro de 1990, em Alcanhões, no concelho de Santarém, em Portugal.

VALDECK: Já conhece o Brasil? E outros países?
SAMUEL PIMENTA: Não, nunca estive presencialmente no Brasil, embora esteja nos meus planos ir até lá num futuro próximo. Sou português e vivo em Portugal, sendo que conheço bem o meu país. Já estive em Espanha, França e Turquia.

VALDECK: Como Samuel Pimenta começou a escrever? Por que? Quando foi?
SAMUEL PIMENTA: Tenho consciência de escrever o meu primeiro conto com “responsabilidade de escritor” aos 10 anos, mas sei que, já na Escola Primária, escrevia algumas histórias. Sempre fui uma criança muita imaginativa e sempre vivi a minha própria realidade, habitada pelas criaturas mais fantásticas que a mente pode alcançar. Não sei bem o porquê de começar a escrever… Apenas sei que é mais do que um mero passatempo, é mais do que uma distracção ou uma forma de exorcizar o Sentir. Escrever faz parte de mim, sempre fez, é o que me faz sentir-me Eu.

VALDECK: Samuel Pimenta escreve ficção ou sobre a realidade? Suas obras são mais poesias ou prosa? O que mais Samuel Pimenta gosta de escrever? Quais os temas?
SAMUEL PIMENTA: Não gosto de limitar a minha escrita a um género ou a um tema. Escrevo no género lírico, dramático e narrativo e não conseguiria dizer que um é melhor do que outro. São diferentes, sim, e têm finalidades distintas. Mas preciso de todos eles para me expressar. É claro que tenho temas que vão sendo recorrentes, uns baseados em factos reais e outros meramente fictícios, contudo, não gosto muito de me pronunciar sobre a minha escrita, parece-me sempre que estou a ser insuficientemente claro, penso que deve ser ela a falar por si. Acima de tudo, reverencio profundamente as palavras e a Língua Portuguesa.

VALDECK: Qual o compromisso que Samuel Pimenta tem com o leitor, ou Samuel Pimenta não pensa em quem vai ler seus textos quando está escrevendo?
SAMUEL PIMENTA: Antes de ter um compromisso com o leitor, tenho um compromisso comigo mesmo: escrever sendo fiel a mim mesmo. E quando somos fiéis ao que realmente somos, não importa quem nos leia que, gostando ou não gostando, perceberá quem somos e o que nos move. Tenho um respeito profundo pelos leitores (também eu sou leitor de grandes mestres da Literatura Mundial que nem imaginam que eu existo) e obviamente que penso neles, mas não os torno o centro da minha escrita. Os leitores acabam por ser como um incentivo precioso para escrever ainda mais.

VALDECK: O que o leva a escrever?
SAMUEL PIMENTA: Uma questão complexa, essa… No meu caso, a razão de escrever não obedece a uma linearidade, não é fácil exprimi-la em palavras… Talvez escreva em busca da razão que me leva a escrever, talvez escreva porque é o que me faz sentir-me quem realmente sou... Ter a oportunidade de deixar um testemunho, de integrar o grande livro que é o mundo, de partilhar e dar um corpo às histórias e às vidas que me habitam a imaginação… Talvez a grande razão que me leva a escrever seja o facto de estar sujeito à condição humana, à fascinante condição de criador.

VALDECK: O que mais gosta de escrever?
SAMUEL PIMENTA: Como disse anteriormente, não tenho preferências quando se trata de escrever. Gosto de escrever sobre tudo e nada. Gosto de pessoas, de animais, da Natureza, dos objectos, da conjuntura mundial, da simplicidade dos sentimentos humanos… Gostaria de conseguir sorver o mundo através da minha escrita. Talvez também seja isso que me leva a escrever.

VALDECK: Como nascem seus textos? De onde vem a inspiração? E Samuel Pimenta escreve em qualquer hora, em qualquer lugar ou tem um ritual, um ambiente?
SAMUEL PIMENTA: Os meus textos, por vezes, nascem nas situações mais inesperadas: já nasceram em conversas com amigos, já nasceram enquanto eu caminhava pela rua sozinho, já nasceram enquanto eu saía para me divertir à noite… A inspiração vem do mundo, da vida, das pessoas e de mim mesmo, do meu olhar sobre tudo o que me rodeia. Para escrever um romance, preciso de criar uma rotina de escrita e de estar isolado, preferencialmente com música ambiente. Escrevo a qualquer hora, chego a passar dias inteiros fechado na mesma divisão, só saindo quando necessário. Prefiro escrever os meus romances na quietude da minha casa de nascença, no campo, onde a minha imaginação como que regressa ao berço onde tudo é possível. Mas como vivo em Lisboa e só vou à casa onde cresci aos fins-de-semana, tenho de me adaptar. Em Lisboa, proliferou a minha escrita em poesia e as fontes de inspiração são como que inesgotáveis. Já escrevi nos mais diversos lugares e situações, desde em salas de aula a cafés, mas prefiro a quietudo e o conforto do meu lar.

VALDECK: Qual sua obra predileta? Samuel Pimenta lembra um trecho?
SAMUEL PIMENTA: Escolher uma obra preferida torna-se difícil, são imensas! Mas hoje posso citar (não de memória, que nunca consigo fixar citações) Antonio Skármeta em “O Carteiro de Pablo Neruda”: “As palavras temos de saboreá-las. Temos de deixá-las desfazerem-se na boca.”

VALDECK: Seus textos são escritos com facilidade ou Samuel Pimenta demora muito produzindo, reescrevendo?
SAMUEL PIMENTA: Por norma, demoro mais tempo se deixo a escrita de um romance a meio e volto para a retomar passadas algumas semanas. Mas, se puder dedicar-me única e exclusivamente à escrita, não demoro muito tempo a produzir um texto.

VALDECK: Qual foi a obra que demorou mais tempo a escrever? Por quê?
SAMUEL PIMENTA:. A obra que, até agora, me levou mais tempo a escrever foi o 2.º volume da Trilogia “Heros, O Escolhido”, que ainda não está editado. Demorou sensivelmente 3 anos, pois entretanto entrei para a Faculdade e mudei-me para Lisboa, o que causou alguns distúrbios a esse nível.

VALDECK: Concluiu a faculdade? Pretende seguir carreira na literatura?
SAMUEL PIMENTA: Sim, sou Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa. Seguir carreira na literatura é e sempre foi o meu grande objectivo de vida.

VALDECK: Qual o escritor ou artista que mais admira e que tenha servido como fonte de inspiração ou motivação para seu trabalho?
SAMUEL PIMENTA: Outra questão que não conseguirei responder apenas com um nome, pois são inúmeros os escritores que reverencio. José Saramago, Fernando Pessoa, Hermann Hesse, Sophia de Mello Breyner, Paulo Coelho, Eça de Queiroz, Almeida Garrett… Tantos!

VALDECK: O que Samuel Pimenta acha imprescindível para um autor escrever bem?
SAMUEL PIMENTA: Acima de tudo, para se escrever bem é imprescindível ler e escrever muito.

VALDECK: Samuel Pimenta usa o nome verdadeiro nos textos, não gostaria de usar um pseudônimo?
SAMUEL PIMENTA: Já coloquei a mim mesmo essa questão e concluí que o mais acertado é usar o meu próprio nome. Nasci Samuel Pimenta e é como Samuel Pimenta que devo assinar os meus textos.

VALDECK: Como foi a tua infância?
SAMUEL PIMENTA: A minha infância foi passada no campo, em Alcanhões. Cresci a brincar no meio da Natureza, a subir às àrvores e a fazer expedições pelos campos agrícolas. Brinquei muito ao “faz-de-conta”, em que eu incorporava uma personagem e depois como que actuava com os meus amigos. Adorava ver os filmes da Disney, de certa forma influenciaram-me, e de ouvir as histórias de outros tempos que os meus avós me contavam. Ainda hoje gosto que me contem histórias, parece que retorno aos meus tempos de menino. Tive uma infância muito feliz!

VALDECK: Samuel Pimenta é jovem, gasta mais tempo com diversão ou reserva um tempo para o trabalho artístico?
SAMUEL PIMENTA: Penso que equilibro bem ambas as coisas. Gosto muito de me divertir com os meus amigos, mas todos os dias faço uma publicação no meu blog oficial. Escritor que é escritor só o é se escrever. Contudo, também sou da opinião de que quem se dedica ao trabalho artístico nunca se consegue alhear dele. Mesmo saindo para me divertir, o meu olhar de escritor nunca é posto de parte, em situação alguma.

VALDECK: Tem um texto que te deu muito prazer ao ver publicado? Quando foi e onde?
SAMUEL PIMENTA: Teve muito significado para mim ver o meu 1.º livro publicado, “O Escolhido”. Conseguir uma editora é um trabalho árduo e ver o meu primeiro romance nas bancas foi como que o encerramento de um ciclo para dar início a um outro totalmente diferente.

VALDECK: Samuel Pimenta tem outra atividade, além de escritor?
SAMUEL PIMENTA: Como ainda não é possível viver da minha própria escrita, tenho de ter outra profissão. Neste momento, estou à procura de emprego, pois terminei o curso recentemente.

VALDECK: Samuel Pimenta se preocupa em passar alguma mensagem através dos textos que cria? Qual?
SAMUEL PIMENTA: Sim, confesso que, por norma, há sempre uma mensagem associada aos meus textos. Acima de tudo, gosto de transmitir mensagens que façam com que os leitores reflictam sobre o que acabaram de ler, mas prefiro que os meus textos falem por mim.

VALDECK: Qual sua Religião?
SAMUEL PIMENTA: Costumo dizer que acredito na essência de todas as religiões do mundo, desde que não desrespeitem o valor da condição humana. Mas não tenho religião. Acredito no amor incondicional e na divindade do ser humano. Nem tudo está tão distante como nos fizeram crer que estava.

VALDECK: Quais seus planos como escritor?
SAMUEL PIMENTA: Quero terminar a Trilogia “Heros, O Escolhido” para me poder dedicar a outros projectos que nada têm a ver com a literatura fantástica. Quero editar em poesia e terminar uma peça de teatro. Acima de tudo, quero continuar a escrever, nem que seja para mim mesmo. Como disse anteriormente, é a escrever que me sinto ser quem realmente sou.

(*) Valdeck Almeida de Jesus é escritor, poeta e editor, jornalista formado pela Faculdade da Cidade do Salvador. Autor do livro “Memorial do Inferno: A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden”, já traduzido para o inglês. Seus trabalhos são divulgados no site www.galinhapulando.com

Fontes:
http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=46518
http://www.comunique-se.com.br/conteudo/materia_prima/ver_materia_prima.asp?menu=MP&id_post=207045&caller=index.asp
Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 10/10/2011
Alterado em 10/10/2011
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