Valdeck Almeida de Jesus
O poeta da verdade!
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Amor incondicional

Se eu declarasse meu amor em público,
num sarau, num recital, vocês entenderiam?
E os aplausos, seriam verdadeiros,
ou ficariam constrangidos,
se em cada verso, estrofe, rima,
eu fizesse uma declaração, escancarada,
ou metaforizada, do amor que não ousa dizer o nome?...
Você iria repugnar, se eu dissesse o nome de um homem?
Que diferença faz? Não é amor?
O que faz você me odiar, desejar minha morte ou má sorte?
O fato de eu remar contra a corrente?
Não ser trans, não ser tras, não me definir se gozo pela frente ou por detrás?
Ah, tá, palavras têm sentidos diversos, são estranhas em meus versos... Entendi.
O amor só vale se for o “normal”, entre aspas e tudo mais,
mas se for do jeito que sinto, faz corar as faces, envergonha...
Para mim, o que sinto não é normal apenas quando dito em segredo, entre quatro paredes,
é necessário ocupar as praças, televisão, todas as redes...
Para você, se esse amor for feito em verso, não se publica...
Por que não posso declarar que amor que fica é amor de P_ _ _...
E se eu amar sem ao menos ter deitado com o crush, você vai me crushificar?
Acorde, entenda que amor não tem e jamais vai ter normalidade,
pois amar pode ser verbo, substantivo, adjetivo... amar não precisa se encaixar em dicionário, em gramática, em norma culta.

Então, oponente, entenda, de uma vez, que vou amar, sim, e vou estravazar minha emoção.
Amei, amo, amarei em todos os tempos, modos e em qualquer conjugação.
E para isso eu não preciso de sua aprovação!

09 de agosto de 2018 - VAJ
Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 16/08/2018
Alterado em 27/01/2020
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