Valdeck Almeida de Jesus
O poeta da verdade!
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Como se fosse a primeira vez


Viagem marcada e passagem adquirida, resolvi arrumar a mala um dia antes da partida. Na segunda-feira, 27 de abril de 2015, saí cedo para o aeroporto, para o voo que partiria às 11hs. Levei minha amiga Silvinha comigo, que ficou no Shopping da Bahia, pra tentar desbloquear o notebook que comprei na noite anterior. Após quase uma hora no telefone, seguindo instruções do vendedor, finalmente consegui acessar o computador, já quase na hora do embarque. Aproveitei para entrar na internet e deixar mensagens para os amigos. Sorte estar com tudo ok, numa manhã de temporal que parou a cidade.

Ao desembarcar no Rio de Janeiro, para a conexão que me levaria a Paris e, depois, Genebra, me lembrei que o casaco eu tinha despachado na bagagem que iria até o destino final. Ainda no check-in, em Salvador, esqueci a carteira de identidade com a atendente, que correu atrás de mim para me devolver o documento. No Rio, comprei um casaquinho bem caro, bem simples, para tentar aguentar o frio da viagem. Perto da hora de embarcar, me lembrei que não havia comprado Euros. Encontrei uma loja aberta e reparei a falha a tempo.

A viagem transcorreu ótima, com almoço e janta servidos na aeronave da Air France. Só o medo de estar no mesmo voo AF443 que desapareceu no fundo do mar na mesma travessia do Brasil para a Europa, me assaltava o coração a cada instante. Mas o cansaço e a tensão venceram e dormi metade do trajeto. Em Paris, a imigração fez checagem prévia na saída do avião e, no balcão, o funcionário apenas respondeu ao meu “Bon Jour”, carimbou o passaporte e me devolveu, sem nem me olhar no rosto. O Charles de Gaulle é imenso, mas muito bem organizado e sinalizado. Não demorei nada para encontrar a entrada para o novo embarque e passei o tempo acessando internet gratuita. Na chamada para o voo, fui direto ao portão que dava acesso ao ônibus que me levou até a aeronave. Nos menos de cinco metros entre o aeroporto e o veículo, senti o frio de cinco graus tentar me tirar do sério. Resisti firme e não usei o casaco novo, só o fazendo na chegada a Genebra.

Na Suíça foi festa logo no desembarque. Minha amiga Ignez Cidade-Agra estava à minha espera e trocamos sorrisos, abraços, conversas rápidas de reencontro. Comprei o tíquete do transporte, para usar nos dias de estadia na cidade, pegamos o trem e fomos direto à Gare Cornavin, no Centro, de onde pegamos o tramo 12 até a casa dela. Lá, comi, brinquei, entreguei um pacote de paçoca de amendoim que ela tinha me encomendado, o que lhe abriu um enorme sorriso e os braços para mais um apertado abraço. Depois de um merecido descanso e acesso à internet para mandar notícias ao Brasil, fomos ao restaurante “Puro Gusto” comer uns petiscos e botar a saudade em dias: berinjela gratinada, pão, café, sorvete, volta pra casa, novo descanso, mais conversa, mais internet e cama, sob o frio cortante, não sem antes tomar um banho quente e merendar banana d’água.

Só pra lembrar o esforço, arranhei um francês no avião de Paris a Genebra, pedindo um “jus d’orange” para a atendente. Minha má sorte é que viajei entre um casal de velhinhos que peidava a cada dois minutos, alternadamente, para não me deixar respirar ar puro nem por um instante. Nem tudo é perfeito em Paris...

Na foto: Jânia Sousa, Jacqueline Aisenman, Roselis Batistar e Valdeck Almeida de Jesus
Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 07/05/2015
Alterado em 13/05/2015
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