Valdeck Almeida de Jesus
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Jean Wyllys lança novo livro em Salvador


Livro de Jean Wyllys discute direitos humanos no Brasil

Folha de S. Paulo - 10/05/2014 - Redação


Em ‘Tempo bom, tempo ruim’, deputado e ex-‘BBB’ compartilha sua experiência adquirida nos anos de militância pelos Direitos Humanos

 

Muito há para ser feito em termos de conquista dos direitos LGBT no país. O casamento igualitário é reconhecido judicialmente, mas não pela legislação. Travestis e transexuais não conseguem realizar a mudança de nomes e gênero no registro civil. Por esse motivo é que em matéria de direitos humanos, o Brasil mereceria nota 5. Não que o brasileiro seja conservador. É a elite política que é conservadora. E os partidos de esquerda, de certa forma, também. Este diagnóstico faz parte de Tempo bom, tempo ruim (Paralela, 192 pp., R$ 24,90), em que o jornalista, professor, ex-"BBB" e hoje deputado federal Jean Wyllys, 40, do PSOL, procura compartilhar a experiência adquirida nos anos de militância pelos direitos humanos. O livro é didático, na medida em que introduz o leitor no conhecimento de conceitos básicos como a distinção entre sexo, identidade de gênero e orientação sexual. É também, obviamente, um livro sobre a visão de mundo de Wyllys, que fica entre a crônica e o ensaio, com laivos de autobiografia.

Fonte: Publishnews. Foto: Rodrigo Lorandi

Considerações sobre o livro de Jean Wyllys:

Tempo Bom de Jean Wyllys
 
(*)
 
Assim que eu soube do livro “Tempo Bom, Tempo Ruim”, de Jean Wyllys, comprei meu exemplar e li em duas sentadas (à noite, após o trabalho), nos dias 20 e 21 de maio de 2014.
 
Primeiro, percebi que já sabia de muitas das informações contidas na obra, pois acompanho a vida de Jean há muito tempo. Mas consegui, desta vez, fazer algumas comparações:
 
  1. Ambos somos piscianos, ele com ascendente em Aquário e eu em Virgem. Nascemos em plena vigência da Ditadura Militar: Jean Wyllys em 1974, na periferia de Alagoinhas – uma das maiores cidades da Bahia, no governo Geisel; eu, em 1966, nascido na periferia de Jequié – uma das maiores cidades da Bahia, no governo Costa e Silva;
  2. Assistíamos TV na casa dos vizinhos. Nossa iniciação religiosa foi na Igreja Católica, frequentamos grupos de jovens, fomos flertados pelo ateísmo e tivemos contato com o candomblé. Ambos nos tornamos o “homem da família”, ajudando aos irmãos e pais na sobrevivência. Jean teve a militância política ligada a grupos de jovens e eu também. Até escrevi meu Trabalho de Conclusão de Curso sobre o Movimento dos Sem Terras. Além do catolicismo, entrei na igreja evangélica e no espiritismo.
  3. Nossas mães eram analfabetas, como nossos pais, e estes, doentes. Passamos fome na infância.
  4. A militância política nos levou a lutar por direitos humanos, ter atuação marcante na criação de Grêmios Livres, que substituíram os Centros Cívicos, no período pós-Ditadura.
  5. Somos escritores e jornalistas e, de alguma forma militamos no Grupo Gay da Bahia. Jean Wyllys trabalhou nos jornais Tribuna da Bahia e Correio da Bahia e eu fundei e fui o primeiro redator-chefe do Jornada Estudantil, órgão de imprensa do Grêmio Estudantil Dinaelza Coqueiro, no Instituto de Educação Régis Pacheco, em Jequié-BA. Ambos nos mudamos para Salvador;
  6. Em nossa vida os cantores marcantes foram: Nelson Ned, Odair José, Agnaldo Timóteo, Paulo Sérgio, Cláudia Barroso, Waldick Soriano, Fernando Mendes e Roberto Carlos (Jean Wyllys) e Nelson Ned, Odair José, Agnaldo Timóteo, Paulo Sérgio, Waldick Soriano, Fernando Mendes e Roberto Carlos (Valdeck);
  7. Na escola, ambos ouvíamos o Hino Nacional e Hino à Bandeira.
 
Sobre o livro de Jean Wyllys, curti todos os assuntos abordados, desde a defesa das liberdades individuais; redução da maioridade penal, racismo, discriminação, homofobia, reformas política e eleitoral, marco civil da internet, legalização do casamento civil para pessoas do mesmo sexo, cura gay, manifestação de junho de 2013, rolezinhos, violência, militância (política, partidária, cidadã, midiática, religiosa); HIV, descriminalização do uso da maconha, legalização da profissão de prostituta.
 
É uma obra que esclarece sobre a vida e a atuação do cidadão Jean Wyllys, de forma contundente, simples e objetiva. Não resta dúvida de que o livro é um manual para navegantes de primeira e de última viagem, pois faz um panorama completo da luta diária do Deputado Federal que defende os Direitos Humanos e as Liberdades Individuais com paixão e com conhecimento de causa.
 
 
(*)
Vadeck Almeida de Jesus – escritor, poeta, jornalista e editor.
 
Publishnews
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 10/12/2013
Alterado em 22/05/2014
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