Valdeck Almeida de Jesus
O poeta da verdade!
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O homem que sabia a hora de morrer: Encantamento puro, do começo ao fim
Eu já conhecia a autora do livro, de esbarrar nos eventos literários de Salvador ou de ler aqui e ali uma nota, uma citação, uma referência. Também de figurar numa reportagem do A TARDE, juntamente com ela e outros talentos baianos, cujo título é "Novos Artistas da Palavra".
 
Passados alguns verões e invernos, me encontro com Adelice Souza, em carne e osso, na Feira do Livro do Campo Grande, em pleno Centro Cultural e Artístico da cidade do Salvador, evento realizado pela Fundação Pedro Calmon todo primeiro domingo de cada mês. Ela lançando o livro "O Homem que Sabia a Hora de Morrer" e eu no estande da União Brasileira de Escritores (Núcleo Bahia), com minhas obras.
 
Nesta oportunidade fui presenteado com o livro dela, embalado e amarrado em 'papel de embrulho', daqueles muito usados em mercearias, padarias, vendinhas e bibocas de qualquer cidade do interior. Inusitado, diferente, como o conteúdo. Abri o presente, degustei a imagem e folheei a obra. Depois levei pra casa e deixei aguardando a vez dele. Tinha outros livros na fila.
 
Agora chegou a vez dele. Desembrulhei e guardei a embalagem. Me arrependi de não tê-lo lido antes. A personagem principal não é o homem que sabia a hora de morrer, na minha opinião, mas, sim, a neta dele, que conta, com riqueza de detalhes e com tamanha fidedignidade, as façanhas dela na convivência com o avô. Eu, nascido e criado em Jequié, interior da Bahia, que passei cinco anos morando numa fazenda nas imediações de Itagibá e Itagi, me vi muitas vezes no lombo da mula descrita no livro, ou caminhando sob o sol escaldante, rumo à feira de sábado em Itagi.
 
Adelice consegue, nesta obra, nos fazer dar um mergulho nas letras, se lambuzar das peraltices e brincadeiras inocentes da personagem, torcer para que ela não seja apanhada escondida dentro do baú do avô e que a morte do querido vô não lhe macule o sonho, a vontade de brincar, de estar sempre vivenciando esta fase tão maravilhosa que é a infância. O resto, só mesmo fazendo o mesmo que eu: descubra nas linhas e entrelinhas... Vale a pena.
 
Valdeck Almeida de Jesus
Escritor, Poeta e Jornalista
 
Livro: “O Homem que Sabia a Hora de Morrer”, Adelice Souza, Escrituras Editora, 2012
Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 13/04/2012
Alterado em 14/09/2012
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