Valdeck Almeida de Jesus
O poeta da verdade!
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O Menino Maluquinho e a Bienal do Rio

Virei criança e fiquei maluquinho quando vi Ziraldo na feira do livro
 
Fui ao Rio não mais com o olhar curioso de turista. Minha viagem era a trabalho em prol da poesia e da literatura brasileira, pois patrocino um concurso literário, desde 2005, e a minha missão na bienal era participar do lançamento do livro, com 232 poetas e de outra obra que editei em homenagem a Portugal, com textos de vinte e um autores.

Compradas as passagens aéreas e reservado o hotel, faltava, apenas, falar ao meu chefe que eu não trabalharia no dia 02 de setembro, uma sexta-feira, dia que eu partiria de madrugada.

Fui dormir preocupado com o horário mas finalmente consegui acordar às 4hs da madrugada, me arrumei e segui para o aeroporto. Nesse horário o trânsito estava livre. Como o voo não era direto – tinha conexão em Brasília –, ao invés das usuais uma hora e meia de viagem, gastei mais de sete intermináveis horas viajando. Na capital da república fiquei apreensivo, pois o número do voo não aparecia nos painéis da Infraero, o que aconteceu alguns minutos antes do embarque.

Chegando ao Rio, peguei um taxi para o hotel, que ficava do outro lado da rua. Resultado: vinte e dois reais só para andar alguns metros.

No hotel, o cansaço e a fome me nocautearam. Pra piorar a situação o frio estava de matar. Depois de um banho quente me aconcheguei sob um cobertor e não vi mais nada. Só acordei por volta de 20hs. Pedi o serviço de quarto e jantei peito de frango grelhado com legumes e arroz branco. Aproveitei, antes, para comer tudo que estava no frigobar, além de beber todas as cervejas. Isso me fez cair no sono de novo até o dia seguinte.

Pela manhã tudo voltou ao normal. Após o farto café com suco, pães, bolos, frutas e frios, acessei a internet para me atualizar e responder alguns e-mails e dar uma olhada no Facebook. Devido à baixa velocidade da conexão logo desisti da rede.

Peguei um taxi e fui para o Rio Centro, direto para a Bienal do Livro. Gastei R$ 85,00 (oitenta e cinco reais) só de ida. Lá, depois de andar algumas quadras para chegar à entrada, fiz o meu credenciamento como escritor e entrei sem pagar nada. No meio a um mundo de corredores, avenidas e ruas de livros, a solução foi pegar um mapa para não ficar rodando feito barata tonta. Como os lançamentos que eu faria seriam às 18 horas, fiquei procurando eventos para assistir e circulei pela feita toda. Antes, porém, fui ao estande da editora e tomei um susto. Os livros não estavam lá. Após procura daqui e procura dali, finalmente acharam e colocaram na prateleira. Menos mal.

Quando vi Ziraldo num estande parei para tirar fotos e corri para comprar um livro, pois eu queria muito um autógrafo dele. Ao chegar ao final da fila, a ingrata surpresa: não tinha mais senhas. Reclamei, bradei, implorei, falei com meio mundo de gente, tudo em vão. Os leões de chácara estavam irredutíveis. Resolvi pedi ao próprio Ziraldo, que já estava cansado de autografar e apenas assinou seu nome do livro que lhe dei. Nem fotos com ele eu pude tirar. E olha que o “responsável” pela fila tinha entregue duas senhas a dois garotos, às escondidas, achando que eu não tinha visto. Para evitar um escândalo e tentar uma receber uma, fiquei calado e fingi que não tinha visto nada… De nada adiantou. Fiquei sem o autógrafo de Ziraldo.

Voltei a circular pela feira de livro e mais tarde vi Ziraldo de novo, em outro estande. Desta vez não havia senhas e a fila fazia caracóis pelos corredores. Resolvi arriscar de novo mas, como a fila não andava, o tempo voou e tive que correr para o estande onde eu lançaria os livros. Deixei, porém, meu lugar marcado na fila. Meia hora de lançamento e achei que era hora de voltar. Surpresa: a fila tinha andando rápido demais e eu tinha perdido, de novo, minha chance.

Com medo de não conseguir o autógrafo do Ziraldo no livro de outra editora, comprei mais um livro e voltei à fila. Finalmente, depois de longas horas de espera, chegou minha vez. Vinguei-me e tirei mais de dez fotos. Ziraldo, muito simpático, se lembrou que eu tinha sido o último da fila da outra vez, brincou comigo, me perguntou se eu era nordestino (por causa do cordel a Jorge Amado que lhe ofereci) e autografou os dois livros e minha camisa. Bingo!!! Perdi a cabeça, mas não fiquei maluco!!!

Fotos da Bienal: Clique Aqui!
Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 05/09/2011
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